“Não vou trocar vida por voto”, diz Caiado ao anunciar pacote de medidas para combate aos efeitos da pandemia

Diante de novas restrições ao funcionamento de atividades econômicas para enfrentamento da doença, Governo de Goiás oferece R$ 112 milhões em empréstimos com taxa de juro zero para micro e pequenos empreendedores, assistência social às famílias com distribuição de 250 mil cestas básicas, R$ 28 milhões para os 246 municípios, R$ 2 milhões para socorrer espaços culturais e artistas. Saneago não suspenderá serviços por falta de pagamento de cidadãos em situação de vulnerabilidade. Prorrogado calendário de quitação do IPVA para condutores que têm veículos com placas finais de 1 a 5. Governador reforça que grupos que tentam “animalizar as ações” com objetivo de tirar proveito político serão “julgados pela população”

“Não vou trocar, de maneira alguma, vida por voto. Minha posição como governador do Estado de Goiás é a responsabilidade com a vida de 7,2 milhões de pessoas que aqui habitam”, afirmou o governador Ronaldo Caiado, nesta terça-feira (16/03), durante anúncio de pacote de medidas para combater os efeitos provocados pela Covid-19 em Goiás, em face das restrições ao funcionamento de atividades econômicas. Ao lado da presidente de honra da Organização das Voluntárias de Goiás (OVG) e coordenadora do Gabinete de Políticas Sociais (GPS), primeira-dama Gracinha Caiado, ele reforçou que as pessoas que tentam “animalizar suas ações” com objetivo de tirar proveito político serão “julgados pela população”.

As ações anunciadas pelo governador visam auxiliar de maneira econômica e financeira os setores mais afetados pela pandemia e reforçar os serviços de assistência social aos 246 municípios goianos. Dentre elas está o lançamento do Programa Estadual de Apoio ao Empreendedor (Peame), por meio da Agência de Fomento de Goiás (GoiásFomento), que concederá R$ 112 milhões em empréstimos com taxa de juro zero. Os recursos são destinados para microempreendedores individuais, autônomos e demais empresas, com a condição de não demitir funcionários. O setor de turismo – bares, restaurantes, pousadas, agências de viagem, entre outros – poderá contratar até R$ 50 mil, com taxa de juros 100% subsidiada pelo Estado. O prazo para pagamento será de 36 meses, com um semestre de carência.

Microempresas dos demais setores poderão contratar até R$ 21 mil, com taxa de juros também subsidiada integralmente pelo Estado, com o mesmo prazo para pagamento e carência. Para os microempreendedores Individuais (MEIs) e trabalhadores autônomos o recurso disponibilizado será de até R$ 5 mil. A taxa de juros será subsidiada pelo Estado na íntegra. O que muda neste caso será o prazo de pagamento de 24 meses, mas permanecerão os seis meses de carência. O pacote de medidas anunciado nesta terça-feira ainda prevê oferta de assistência social às pessoas em situação de vulnerabilidade e recursos para o setor da cultura.

O Governo de Goiás, por meio da Secretaria da Casa Civil, também editou o decreto 9.653/2020, para que seja retomado o revezamento das atividades econômicas. A partir desta quarta-feira (17/03), será iniciado o período de 14 dias de fechamento. Após as duas semanas, as atividades econômicas poderão reabrir as portas pelos próximos 14 dias. Conforme o titular da Casa Civil, Alan Tavares, houve alterações em alguns pontos, principalmente no artigo 4º, que permite aos municípios a flexibilização das restrições de acordo com as condições epidemiológicas do momento.

“Municípios que estão classificados em situação de calamidade não vão poder flexibilizar as medidas. Os que estão em situação crítica ou de alerta vão poder flexibilizar, mas dentro dos critérios estabelecidos pela SES-GO. Com isso, temos maior controle e coordenação das medidas”, argumentou Alan Tavares.

Caiado destacou que todas as atitudes definidas pelo Estado tiveram aval dos demais poderes. “Nenhuma decisão foi tomada sem que nós consultássemos todos os poderes e órgãos independentes do Estado de Goiás”, reiterou. O governador ainda pontuou que “essa pandemia deveria servir para humanizar as nossas relações, com solidariedade e amor ao próximo”. Ele ressaltou que “é triste vermos pessoas que são conhecedoras desses dados científicos e que querem tirar benefícios políticos eleitoreiros e, muitas vezes, animalizando suas ações e levando a população a esse nível de confronto e enfrentamento”.

Em concordância com as palavras do governador, a primeira-dama Gracinha Caiado argumentou que, apesar das atitudes exigidas pelo momento não serem simpáticas, o Estado não pode se omitir. “Nunca imaginei, nos meus piores dias, viver o que estamos vivendo. Todas as autoridades e poderes do Estado de Goiás estão aqui com um único pensamento: salvar vidas”, declarou. A coordenadora do GPS ainda fez um apelo à população. “Não é digno politizar essa pandemia. Nós precisamos tratar dos 7,2 milhões de goianos que estão aqui”, concluiu.

Da mesma forma, o vice-governador Lincoln Tejota demonstrou que o Estado não tomou nenhuma decisão baseado em “achismos”. “Governador, o senhor tem nosso total apoio e confiança pela postura que tem tido desde o início da pandemia, baseada na ciência e manutenção da vida”. Tejota ainda salientou que o objetivo do Governo de Goiás é um só: “O mais rápido possível, retornar as atividades ao normal.”

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