Racha no MDB: Adib Elias disse que Caso a direção do MDB, não queira sair unida parte das lideranças pode declarar apoio a Caiado

Depois de os prefeitos que apoiam o pré-candidato do MDB e deputado federal Daniel Vilela (MDB) terem ido ao Paço Municipal conversar com Iris Rezende (MDB) sobre as eleições de 2018, ontem foi a vez do grupo tido como “caiadista” discutir os rumos da oposição em uma reunião com o prefeito. Oficialmente, o grupo defende a união das oposições, ou seja, que MDB e DEM se sentem para definir critérios para que ou Daniel ou o senador Ronaldo Caiado (DEM) encabecem a chapa.

Estiveram no gabinete do prefeito os prefeitos de Formosa, Ernesto Roller; de Catalão, Adib Elias; de Rio Verde, Paulo do Vale; de Goianésia, Renato de Castro; de Turvânia, Fausto Mariano; além dos ex-deputados federais Luiz Soyer e Genésio de Barros; e o deputado estadual José Nelto e o ex-prefeito de Inhumas José Essado.

Segundo Adib Elias, o grupo informou Iris que aceita discutir os critérios, mas não abre mão de uma candidatura única. “A metodologia pode ser número de partidos, tempo de TV, pesquisas qualitativas, mas o impasse tem que ser resolvido até dia 15 de março para que dê tempo para o candidato se filiar”, pontuou ele.

Caso a direção do MDB, comandada por Daniel, não queira sair unida, adianta Adib, parte das lideranças pode declarar apoio a Caiado mesmo continuando no partido. “Em não resolvendo da melhor forma, mesmo com essa tentativa de acordo, creio que uma parte muito grande do MDB vai declarar apoio ao Ronaldo Caiado”. Por outro lado, caso houvesse a união, diz Adib, o senador não obrigatoriamente seria o candidato oficial. “Se o Daniel estiver melhor, acho que Caiado iria apoiar”, opinou.

Questionado se o MDB não sairia prejudicado, caso houvesse um racha dentro do partido, o prefeito de Catalão diz que sim, mas que a legenda “vem perdendo cinco eleições por erros nossos, por vaidade”.

Para Paulo do Vale, Adib está certo, mas o prefeito de Rio Verde diz que “acredita e está lutando pela união”. O mesmo raciocínio tem o deputado estadual José Nelto, para quem “não há espaço para divisão”. “Ninguém é pró-Caiado, ninguém anunciou apoio a candidato, nós somos ‘pró-ganhar a eleição’. Quem realmente é nosso adversário é o (vice-governador) José Eliton. Brigar entre nós é fazer o jogo do governo.”

“Nós reunimos um grupo que representa o MDB e quer pacificar o partido e unir a oposição. Nós iniciamos as conversações, fomos conversar com o Iris, que é o líder maior do MDB, porque chegou o momento do debate”, pontuou José Nelto.

Uma reclamação das lideranças presentes é que Daniel não estaria disposto a discutir e estaria impondo seu nome por ter o comando do partido. “A gente vem tentando conversar, mas ele se recusa”, disse um deles, que preferiu não se identificar.

Reportagem: Bruna Aidar 22/02/2018 23:00