SAE COMPLETA 20 ANOS EM CATALÃO

Esta semana a Superintendência de Água e Esgoto (SAE) celebra 20 anos em Catalão. Para marcar tão importante momento, uma cerimônia está sendo organizada pela equipe juntamente com a Prefeitura Municipal de Catalão. A solenidade está prevista para amanhã, quarta-feira (22), a partir das 08 horas. Será na sede da SAE respeitando todas as medidas de biossegurança em razão da pandemia do coronavírus. Para que toda comunidade possa acompanhar, haverá transmissão ao vivo pelas redes sociais do município.

“A SAE – empresa que sempre foi de enorme importância para a cidade de Catalão – engrandece ainda mais sua função perante a comunidade indo além do papel primário que é prover água, coletar e tratar esgoto. É uma instituição que se assume como uma empresa de bem-estar. Hoje a Superintendência tem atuação social determinante, oferecendo apoio aos mais diversos eventos esportivos, educacionais e culturais com a instalação de lixeiras, pias e bebedouros pela cidade; com a distribuição de sacolas retornáveis e copos de água nas filas de vacina; com as campanhas de conscientização ambiental, entre tantas outras ações. Nosso projeto para a SAE ao longo dos próximos anos é que ela continuará fazendo o básico muito bem, mas investirá ainda mais no que também é sua obrigação: levar saúde, qualidade de vida e felicidade a todos os catalanos”, destacou Rodrigo Margon, Superintendente da SAE.

Conheça a História (com informações/apoio Luís Estevam)

Neste 20 de setembro, a Superintendência de Água e Esgoto (SAE) comemora duas décadas de existência. A empresa, uma autarquia municipal, representa valioso patrimônio da comunidade e continua em fase de consolidação, principalmente na expansão do sistema de esgoto e no tratamento da água servida aos moradores.

Na verdade, Catalão está para completar meio século de água tratada residencial porque, antes da SAE, a cidade esteve, por 29 anos, sob responsabilidade estadual da Saneago.

Antes, porém, todas as iniciativas hidrossanitárias haviam sido realizadas em âmbito municipal e a busca de abastecimento de água e esgoto veio de longa data. Com rego d’água, cisterna e encanamento doméstico, Catalão foi construindo sua infraestrutura ao longo de décadas.

A cidade se formou no vale do Pirapitinga em função da água abundante e as primeiras ligações eram feitas através de regos d’água abertos pela própria comunidade. Somente quando a ocupação urbana se distanciou dos mananciais, vieram as cisternas. A corda, o sarilho e o poço se tornaram indispensáveis.

As primeiras ligações residenciais em Catalão se deram na década de 1930 em estabelecimentos mais próximos ao Pirapitinga. Em 1935, na gestão do prefeito Anísio Gomide, inaugurou-se um sistema de encanamento doméstico, embora bastante restrito e sem o necessário tratamento hídrico.

O problema é que, a água, não tratada convenientemente, representa uma fonte de doenças. A quantidade de iodo, por exemplo, pode ocasionar bócio na glândula tireoide, além de afetar a saúde infantil. Tanto que, antigamente inúmeros adultos ostentavam “papo” no pescoço e várias crianças faleciam antes dos sete anos de idade.

Na década de 1960, o prefeito Osark Leite projetou uma represa para tratamento, bem na nascente do Pirapitinga, abrindo uma extensão subterrânea de três quilômetros. Tais serviços foram continuados pelo sucessor Paulo Hummel que empreendeu, em curto período, inúmeras ligações hidrossanitárias residenciais.

Assim, até o final da década de 1960, na gestão de Leovil Evangelista e Bento Rodrigues de Paula, o serviço de água e esgoto em Catalão era de responsabilidade municipal.

Em 1972, o prefeito João Netto de Campos, no seu último ano de mandato, pretendeu que a Saneago viesse atuar em Catalão. A empresa havia sido criada em 1967 e dispunha de avançada tecnologia no tratamento hidrossanitário. Para tanto, João Netto, acompanhado pelo deputado Enio Pascoal, compareceu junto ao presidente da Saneago, Rubens Guerra, concedendo a necessária autorização. Desde então, o serviço funcionou quase três décadas em Catalão.

Na virada do século atual surgiram descontentamentos, por parte da comunidade catalana, com relação aos serviços prestados pela Saneago e pela Celg. Tais sentimentos foram largamente denunciados pelo vereador Carlos Salviano. Mas, pouco adiantavam os protestos. Mesmo porque, a Saneago tinha um plantão de quase vinte advogados em sua defesa.

Adib Elias Júnior, então deputado estadual, não se intimidou e alertava a Saneago, repetindo sempre que, “a água pertence ao município de Catalão” e não àquela empresa.

Não deu outra. Eleito prefeito, Adib Elias se recusou a assinar um projeto de ampliação local da Saneago e passou a reivindicar o direito de outorga da água e dos serviços de esgoto para o município. A questão foi parar nos tribunais, virou caso de jurisprudência, e o STJ deu ganho de causa a Catalão.

Graças à atitude assumida pelo prefeito Adib Elias, o município acabou construindo um patrimônio inestimável, adquirindo independência nos recursos hidrossanitários.

Assim, foi criada a SAE, em 2001, substituindo a Saneago na oferta de água tratada e no suprimento de esgoto municipal.

De lá para cá, inúmeros investimentos foram feitos na empresa. Inclusive, o represamento do ribeirão Pari, que passou a abastecer, junto com o Samambaia, a cidade de Catalão em 2018 com a instalação das adutoras durante o governo Adib Elias.

Hoje a SAE conta com mais de 43 mil ligações, incluindo Pires Belo e Santo Antônio do Rio Verde, e mantém cerca de 500 usuários com tarifa simbólica, criada para amparo de famílias carentes. A autarquia emprega 210 funcionários, além de menores aprendizes e estagiários.

Continua a busca de ampliação e consolidação da empresa. Na administração de Rodrigo Margon, cerca de 25 quilômetros de redes de esgoto foram finalizadas, com a recuperação de três mil calçadas, além da grande obra de renovação na estação de tratamento de esgoto. O superintendente também coordenou a finalização da barragem do Pari, com a duplicação das adutoras de água, amenizando o problema histórico de abastecimento no período da seca. Em termos financeiros, Rodrigo Margon conseguiu quitar mais de 4 milhões em dívidas com a Enel e fornecedores, pretendendo instalar energia solar na empresa, proporcionando uma economia mensal de quase 500 mil aos cofres da autarquia.

Outro projeto no setor, divulgado por Adib Elias, é a ampliação no sistema de tratamento da água originária do ribeirão Pari. O prefeito reconhece que aquela represa foi uma grande obra, mas que necessita do tratamento hídrico, assegurando a saúde dos moradores.

Dada a trajetória bem sucedida da SAE, vários prefeitos de Goiás e de outros estados têm visitado a empresa em busca de informações com respeito a sua criação e funcionamento. A ideia de que, “a água pertence ao município” ganhou novo alento em termos estaduais e municipais. (Luís Estevam)

SECOM – Prefeitura de Catalão

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