Recuperação
Caiado falou também sobre o
trabalho adotado para garantir a recuperação fiscal do Estado, o qual ele
herdou com muitas dificuldades financeiras e dívidas elevadas. Só de folha de
pagamento do pessoal atrasada, contou, foi herdada dívida de R$ 1,68 bilhão.
Sem falar nos pagamentos em atraso na Saúde, no transporte e merenda escolares,
no repasse aos municípios, na Bolsa Universitária, entre outros. “Recebemos o
Estado em situação de calamidade”, destacou.
O governador lembrou ainda
que, ao lado de outros Estados que apresentavam problemas fiscais no início do
ano – como Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro -, Goiás é o único
que está fechando 2019 quitando 14,5 folhas de pagamento de pessoal. “Isso se
consegue com gestão, com transparência”, salientou. E citou, entre outras
realizações em diversas áreas, a parceria com a Universidade Federal de Goiás
(UFG) para a criação do Centro de Excelência em Inteligência Artificial.
Geração de
emprego
Questionado sobre a política
adotada para gerar mais vagas de trabalho, o governador informou que foram
atraídas para Goiás este ano 62 indústrias. O total de novas empresas abertas
na Junta Comercial (Juceg) este ano já supera 20 mil. Entretanto, lamentou o
gargalo da disponibilização de energia para novos empreendimentos, ressaltando
que resolver o problema da Enel é “um grande desafio”.
Caiado ponderou ainda que
atualmente os empreendimentos produtivos estão concentrados em apenas três
municípios (Goiânia, Aparecida e Anápolis), e em menor número em Rio Verde e
Jataí. Isso contribui para criar as chamadas “ilhas de desenvolvimento” e
outras áreas menos desenvolvidas, e portanto para o desequilíbrio regional. Por
isso, disse que sua política de incentivos fiscais vai tentar direcionar os investimentos
produtivos para regiões menos desenvolvidas, como o Nordeste Goiano, Entorno do
DF, Norte Goiano e Vale do Araguaia. “Nossa política será levar o emprego para
as regiões onde não tem sequer a perspectiva do jovem permanecer lá no local”,
disse.
Educação
Na área da educação, o
governador destacou o Programa Estudante de Atitude, através do qual os alunos
passam a cuidar de suas escolas, na pintura, na limpeza, entre outras ações. E
aproveitou para fazer um apelo especial: o período de aumento da incidência do
mosquito transmissor da dengue está começando e todos devem fazer a lição de
casa e não deixar água estocada. Pode ser feito ainda um trabalho com as
crianças para orientarem os pais em relação a esta questão.
Infraestrutura
Na área de infraestrutura,
principalmente na conservação das rodovias, Ronaldo Caiado reclamou da má
qualidade do asfalto realizado pelas empresas contratadas pela extinta Agetop.
“O asfalto em Goiás não aguenta uma chuva”, reclamou. Ele disse que este ano o
Governo destinou R$ 130 milhões para essa área e prometeu a recuperação das
estradas goianas. Lembrou que que no início do governo fez parceria com
produtores rurais, prefeituras e empresários, visando a manutenção ou
pavimentação de rodovias.
Saúde
“O importante na Saúde é
gestão”, salientou o governador, citando o caso do Hospital de Urgência de
Trindade (Hutrin), onde a mudança da Organização Social (OS) que gere a unidade
propiciou o aumento do número de cirurgias e atendimentos de urgência e maior
rapidez de altas hospitalares, com exatamente os mesmos recursos desembolsados.
Ele prometeu que 2020 será um marco para a Saúde em Goiás, com eficiência no
atendimento de qualidade aos goianos.
CNH Social
O governador citou ainda as
ações realizadas no Detran, como o fim da indústria da multa e a redução nos
valores da vistoria. Para ele, o destaque no órgão foi a criação do programa
CNH Social, por meio do qual pessoas de baixa renda vão poder tirar a carteira
de motorista gratuitamente. Conforme ele, para muitos jovens carentes, que não
teriam condições financeiras de tirar uma CNH, o programa será de grande valia
para aumentar suas possibilidades de conseguir colocação no mercado de
tranalho.
Mariza Sanyana/ABC Digital.