Governo de Goiás decreta estado de calamidade financeira

Governador Ronaldo Caiado encaminha à Assembleia Legislativa documento que prevê medida pelo período de 180 dias, prorrogável em caso de necessidade. Iniciativas de contenção de despesas não têm sido suficientes para reverter quadro caótico herdado das gestões do PSDB


Em meio ao caos administrativo herdado das gestões anteriores, o governador Ronaldo Caiado decretou, nesta segunda-feira (21/01), estado de calamidade financeira do Estado de Goiás pelo período de 180 dias, prorrogável em caso de necessidade.

O documento, que foi encaminhado à Assembleia Legislativa para apreciação dos deputados, relata o elevado e crescente déficit fiscal constatado nas contas públicas, do qual resulta a indisponibilidade de recursos financeiros para o pleno funcionamento da administração pública.

O decreto de estado calamidade ressalta ainda que as medidas administrativas de racionalização e contenção de despesas que eram possíveis de adotar não têm sido suficientes para reverter o quadro caótico.

Apesar do esforço empreendido pela atual gestão, a irresponsabilidade dos governos Marconi Perillo e José Eliton (ambos do (PSDB) impediu o pagamento da folha dos servidores públicos do mês de dezembro e há fornecedores e prestadores de serviços há meses sem receber.

“A realidade é exatamente essa, é uma radiografia do que está acontecendo. O Estado não tem capacidade de arrecadação para quitar compromissos. Assumi um Estado com R$ 3,4 bilhões em dívidas e mais R$ 2,9 bilhões para 2019. Não nos resta outra alternativa senão decretar a situação de calamidade”, lamentou o governador.

Segundo Caiado, faltam recursos para cumprir compromissos essenciais e, como não há previsão para desfecho da missão do governo federal sobre o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), o decreto apresentou-se como alternativa.

“Temos que buscar a participação de todos no sentido de abastecer hospitais, dar condições mínimas aos setores como segurança e saúde. O colapso financeiro de Goiás é real’, alerta o governador.

“Vamos conseguir melhorar a vida dos goianos com honestidade, com trabalho, sem mentiras ou maquiagem. Estamos buscando, diuturnamente, alternativas para resolver a crise”, destaca Caiado.

“O governador está extremamente preocupado com o déficit e essa é uma forma de anunciar aos Poderes e à sociedade em geral a situação. Há um colapso total, pontua o chefe da Casa Civil, Anderson Máximo. “Só em restos a pagar de 2018 temos R$ 2,4 bilhões consolidados. Resta ao governo encontrar uma maneira para dar vasão aos pagamentos”, conclui.

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