JOSÉ MÁRIO SCHREINER PODE NÃO ASSUMIR A PRESIDÊNCIA DA CNA

Produtores rurais do país estariam considerando que o deputado federal articulou mal a tentativa impedir a aprovação da taxa sobre o agronegócio em Goiás

A Assembleia Legislativa de Goiás aprovou uma taxa — mínima — sobre o agronegócio (soja, milho, carne e minérios). Os recursos serão utilizados pelo Fundo de Infraestrutura para manter as rodovias em bom estado — o que será importante para os produtores rurais.

O projeto é do governo de Ronaldo Caiado (União Brasil) — ele próprio produtor rural e, sobretudo, defensor histórico do agronegócio.

Coube ao presidente da Federação da Agricultura no Estado de Goiás (Faeg), deputado federal José Mário Schreiner, e ao presidente da Assembleia Legislativa, Lissauer Vieira (PSD), tentarem impedir a aprovação do projeto que criou a taxação. Porém, dada uma coordenação malfeita — houve até violência, como a invasão do plenário da Alego —, o projeto foi aprovado com facilidade. O governo mostrou força e os produtores, fraqueza.

 A ação de Schreiner foi vista, em termos nacionais, como inepta e há a versão de que, inicialmente, ele teria sido favorável ao projeto (é o que contam produtores rurais de Rio Verde).

A derrota em Goiás pode levar a uma nova derrota, agora em termos nacionais. Schreiner pode acabar não sendo eleito presidente da poderosa Confederação Nacional da Agricultura. O que se diz que é a CNA precisa de um líder mais operacional, firme, presente e articulado. Há reclamações de produtores que garantem que não conseguem falar com seu representante.

Há outro problema, e talvez grave, e que acabará sendo investigado pelo Ministério Público Eleitoral. Há indícios de que a campanha de Marussa Boldrin tenha sido bancada — com veículos, aviões e recursos financeiros — pela Faeg. Se isto for verdadeiro, e talvez não o seja, poderá configurar crime eleitoral.

Para piorar, a vereadora de Rio Verde não é vista como uma defensora dos produtores rurais. É uma “outsider” que Schreiner está tentando transformar em “insider”. Consta que até o MDB teria se assustado com o volume de recursos supostamente movimentados pela política do Sudoeste goiano, que acabou sendo eleita deputada federal.

Fonte – Jornal Opção

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