Deputado de Goiás se torna réu por racismo após postar foto de mão branca apertando punho negro com frase: ‘Na minha família não’

Justiça aceitou denúncia do MP contra Amauri Ribeiro, que vai responder por racismo homofóbico. No post ofensivo feito por ele, uma mão negra ‘veste’ cores do arco-íris; veja imagem.

O deputado goiano Amauri Ribeiro (UB) se tornou réu pelo crime de racismo na modalidade homofobia após postar uma foto de uma mão branca apertando o punho de um braço negro, que “veste” uma roupa de arco-íris (símbolo do movimento LGBTQIA+), com a frase “na minha família não” (veja acima). A imagem foi publicada em abril de 2022.

g1 entrou em contato com o deputado, por e-mail enviado às 16h30 deste domingo (21) e mensagens enviadas para a assessoria dele às 16h31, para pedir um posicionamento sobre o caso, e aguarda retorno desde a última atualização desta reportagem.

Após o Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciar Amauri, na quarta-feira (18), o juiz Alexandre Bizzotto, da 3ª Vara Criminal dos Crimes Punidos com Reclusão, aceitou a denúncia, na sexta-feira (20).

Na denúncia, a promotora Nádia Maria Saab disse que Amauri usou as redes sociais, de forma consciente e voluntaria, e “praticou e incitou a discriminação ou preconceito de raça, na modalidade homofobia”.

Na denúncia, a promotora ainda pediu que, com o recebimento da denúncia, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) informe à Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego), que, “por iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros, poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação”.

“Em caso de prosseguimento da ação penal, requer a citação do denunciado para responder à acusação, a oitiva das testemunhas arroladas e, após o interrogatório e o cumprimento das demais formalidades legais, a condenação do denunciado pela prática dos fatos descritos”, escreveu a promotora.

Investigação

A imagem foi postada no dia 4 de abril de 2022. Após investigação do Grupo Especializado no Atendimento às Vítimas de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Geacri), a Polícia Civil concluiu a investigação no dia 15 de dezembro de 2022.
Após a repercussão da imagem postada por Amauri, em que ele estaria associando pessoas LGBTQIA+ a algo nocivo, entidades o denunciaram.
Segundo o Geacri informou, à época, o deputado objetivou “demonizar” pessoas gays, colocando-as como “uma ameaça ao modelo heterossexual”, fato que, conforme a polícia, extrapola a liberdade de expressão.
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